quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vampira aos Treze - Capítulo 7 - Monstro

oie! Desculpe não poder postar mais, mas estou postando a hitória! AVISO: esse capítulo tem coisas aterrorizantes! Valeu pelos comentários, amo vocês! BOA LEITURA! CONTINUEM COMENTANDO!


7 - Monstro


Quando estávamos lá fora pude ver as coisas um pouco melhor. Era uma noite sem estrelas, com a lua na fase nova. Estava chovendo. Havia um milhão de detalhes. Eu conseguia ver tão bem! Era como se eu fosse cega quando era humana. Cada detalhe, as paredes das casas, os telhados, o asfalto...
Uma rajada de vento bateu em meu rosto, trazendo todos esses cheiros e mais um cheiro diferente. Maravilhoso. Um milhão de vezes melhor do que o do Jared. Eu não conseguia fazer comparações.
Minha garganta ardeu loucamente com esse cheiro. Meu corpo se impulsionou pra frente, mas Jared me segurou pelo ombro. Eu não pensava direito. Algo em minha mente de gênio me mandava seguir aquele cheiro dos deuses. Olhei para Jared e rosnei. Rosnei de verdade, como um animal. Mas o que era aquilo? Que modos eram aqueles?
– Eu sei, eu sei. – Jared falou olhando-me nos olhos. Eu continuava a rosnar pra ele. Mostrei os dentes. Pelos céus, o que era aquilo? – Calma Becca. Eu sei o que esse cheiro faz com a gente. Acredite ou não, eu também o quero mais do que qualquer coisa nesse momento.
– Ele é meu. – rosnei arreganhando os dentes. Onde estavam os meus modos?
– Tudo bem. Não vai adiantar explicar as coisas aqui. Eu sabia que devia ter falado isso lá dentro. Agora é tarde. A sede já te dominou. Eu posso sentir. Não pense em mais nada. Siga seus instintos. Eu estarei indo logo atrás de você.
Ele me soltou.
Eu parecia louca. A única coisa que a minha mente pensava era naquele cheiro. Inspirei o ar mais uma vez. Vinha do leste a minha frente.
Sem pensar duas vezes, corri.
Foi muito estranho. Primeiro porque eu não parecia estar correndo. Eu parecia estar flutuando. A duzentos por hora. Eu estava correndo muito; muito rápido. As casas e lojas de um lado e algumas árvores do outro passavam por mim com um borrão. Em cinco segundos eu estava de frente a uma viela estreita. Parei de correr. Não me sentia nem um pouco cansada. Nem ofegante. Eu estava parada no escuro. O cheiro era muito forte ali.
Olhei a minha frente.
Havia dois homens, um de cabelos louros curtos e um de cabelos pretos na altura do ombro encostados na parede. O homem de cabelo louro fumava um cigarro despreocupadamente. É obvio que ele não tinha me visto. Duas mulheres de cabelo escuro e longo conversavam com o de cabelo preto.
– Não está muito tarde pra menininhas indefesas estarem passeando na rua? – o de cabelos pretos riu. Os outros três me olharam e riram também. Eu podia ouvir suas respirações e os seus corações batendo. Meus olhos voaram até o pescoço do homem que havia zombado de mim. Eu podia ver bem de leve o sangue correndo pela pele do seu pescoço. Minha garganta ardia intensamente. Minha boca se encheu de um líquido estranho.
Meus dentes se arreganharam. A respiração das mulheres ficou mais rápida. Elas deviam estar ficando com medo.
Então eu agachei, pegando impulso, e depois saltei uns cinco metros no ar. Derrubei uma das mulheres no chão. Minha mente parecia encoberta por uma névoa que não me deixava pensar.
Aterrissei em cima da mulher. Os outros gritaram. Virei minha cabeça de lado, e cravei meus dentes na pele de seu pescoço. Um grito de dor saiu pelos seus lábios. Um líquido quente grosso e vermelho saiu da jugular dela. Sangue. Apertei minha boca no fluxo de sangue. Era delicioso. A melhor coisa que já provei em toda a vida. Assim como o cheiro, era incomparável. Suguei com vontade e força o sangue dela. Em menos de um minuto, o sangue acabou. Olhei por um instante para seu corpo branco e sem vida no chão.
Eu queria mais. Minha garganta queria mais. O homem louro estava de costas. Pulei nas suas costas. Um barulho bem forte de costelas sendo quebradas pôde ser ouvido. Ele urrou de dor. Mordi a sua nuca. O sangue invadiu minha boca. Era bom, mas não tão bom quanto o da mulher. Parecia meio sujo, intoxicado. Talvez fosse por causa do cigarro.
Algo pontudo e gelado tocou a minha nuca. Virei-me pra ver quem era o imbecil que estava me incomodando, ao mesmo tempo em que a outra mulher berrava aterrorizada.
– O quê? Como! Não perfura! Como isso... – ela não terminou de falar porque viu meu rosto cheio de sangue. Ela deu um berro. Olhei pra cima da minha cabeça. O idiota de cabelos pretos estava segurando um canivete com as duas mãos. Ele apontava o canivete pra mim. Sua mão tremia tanto que eu nem precisaria tirar o canivete dela. O canivete cairia. Os corações deles batiam acelerados.
Rosnei para o homem segurando o canivete, e o empurrei pra longe com o antebraço. Eu apenas dei um tapa nele com o braço, mas ele voou longe batendo as costas na parede e caindo desmaiado. Eu vi o sangue escorrendo pela sua cabeça.
– Jonathann! – a mulher gritou desesperada. Ela correu pra perto dos meus pés para pegar o canivete.
– Escolha errada. – sussurrei enquanto chutava ela pra longe. Ela bateu na parede oposta a Jonathann, e também desmaiou logo após um grito.
O homem embaixo de mim berrou de dor. Ele tinha levantado a cabeça um pouco e tentava falar. Abaixei-me com força em sua nuca, o fazendo bater a cabeça no chão e perder o os sentidos. Terminei de sugar seu sangue sujo e saltei na mulher. Foi fácil. Quando desmaiou, sua cabeça ficou pendida de lado, mostrando seu pescoço. Não havia ninguém pra lutar comigo, então em um minuto bebi todo o sangue dela. Era bom, com certeza melhor do que o do loiro, mas diferente do da primeira mulher.
Saltei até o homem de cabelos pretos, Jonathann, puxando sua cabeça pro lado pra poder mordê-lo. Sua pele rasgou, e então sua cabeça caiu no chão. Não me prendi aos detalhes, apenas em tomar cada gota do sangue dele.
– Belo trabalho. – Jared disse assim que acabei de drenar o sangue de Jonathann. Eu estava de costas, mas sabia que era ele.
Virei-me pra Jared, me levantando. Minha mente começava a voltar ao normal.
– Onde você estava? – perguntei analisando-o. Ele estava quase impecável, a não ser por seu cabelo ruivo estar desarrumado. Depois de olhar pra ele, olhei pra mim mesma. Estava horrível. Meu vestido azul-água estava todo rasgado, revelando partes da minha barriga e da minha coxa. Eu também tinha vestígios de sangue em todo canto. Soltei um som de surpresa misturado com medo. Eu estava horrenda. Eu parecia um monstro!
– Vendo se a vizinhança percebia a movimentação incomum aqui. Pobre senhora... Bem, a culpa não é minha de ela estar ligando pra polícia. – algo na forma como ele falou me fez ter certeza que ele havia matado aquela senhora. – Ela estava olhando pela janela. Viu você. Tente ser mais discreta da próxima vez. Mas sem problema. Você foi bem pra sua primeira caçada. Me ajuda a limpar a bagunça? – ele perguntou olhando em meus olhos daquela forma estranhamente caridosa e depois apontou pra frente. Virei-me de costas pra ele olhando para os corpos...
Ai meu Deus. Eu fiz aquilo? Não, não é possível. Olhei fixamente para os quatro corpos. Na parede oposta a nós, uma das mulheres. No chão o louro e a dois metros a primeira mulher que ataquei. E na parede a dois metros de nós, um corpo sem cabeça. Procurei por ela. A cabeça estava a um metro do meu pé.
– AH! – gritei. Eu fiz aquilo?
– Becca, o que foi? – Jared perguntou chegando mais perto de mim.
– Eu... Eu não matei essas pessoas. Eu não... Por favor, me diga que eu não as matei, por favor. – não era verdade. Eu não sou um monstro. Não sou. Eu não tirei a vida daquelas pessoas caídas na minha frente.
– Becca, é o nosso jeito de viver querida. É assim. – ele falou meio preocupado.
Eu queria chorar. Queria muito mesmo. Eu não acreditava. Eu não era aquele monstro, não podia ser.
Não sei o que Jared viu em minha expressão, mas ele abriu os braços e eu afundei meu rosto em sua blusa. Ele me abraçou.
– Está tudo bem. Pense pelo lado bom, você não sabe o que esses homens iam fazer com estas damas. Você pode ter salvado elas. – ele passava as mãos pelas minhas costas, tentando me confortar. Não estava adiantando, mas eu não disse nada. Continuei abraçada a ele, enquanto a chuva diminuía. Eu me sentia horrível. Um monstro.
O que era exatamente o que eu era. Um monstro.

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