sábado, 29 de janeiro de 2011

Diário de Renesmee Cullen - Capítulo 32

Capitulo 32
A cada quilometro de distancia de casa meu coração apertava mais e mais.
De agora em diante a única coisa de que tinha certeza e de que estava sozinha.
Casa era algo que não tinha mais, nem casa nem destino. Um futuro solitário era tudo o que me aguardava.
As lagrimas e o cansaço me venceram no final, adormeci com a minha pequena nos braços.
‘Senhora chegamos. ’ – A aeromoça que me acordava falou.
Abri meus olhos e me deparei com um forte sol brilhante.
Bem nada mais seria igual, nem mesmo o sol.
Desci do avião com Elly nos braços.
Me deparei com uma grande movimentação de pessoas.
Nova York fazia jus ao apelido ‘A cidade que nunca para. ’
Pessoas passavam esbarrando umas nas outras sem pararem ou ao menos ligarem.
Fui até a esteira de bolsas e peguei as minhas. Elly já havia acordado e estava assustada com o tanto de barulhos de cidade.
Quando sai do aeroporto me deparei com uma cena que nunca havia visto antes:
Um engarrafamento de carros.
Pegar um táxi foi uma tarefa muito difícil.
‘Para onde vai? ’ – O taxista me perguntou.
‘Hãm... Tem algum hotel aqui perto? ’
‘Tem o Palaci. ’
‘Me leve para ele. ’
Ele obedeceu e seguiu.
O caminho não era longo, mas o engarrafamento era.
Me deparei com cenas peculiares. Acidentes de carros, prisões e ate uma moça gritando e jogando as roupas do namorado pela janela.
Logo ele estacionou na frente de um grande hotel.
Paguei o taxista e desci.
Pela primeira vez alguém veio me ajudar. Um forte senhor moreno veio pegar as minhas malas. Ele era porteiro do hotel.
‘Um quarto, por favor! ’ – Eu disse a recepcionista.
‘Claro. Quer em qual andar? ’
‘No ultimo. ’
Ela me entregou a chave a paguei e subi.
O apartamento era lindo.
Havia dois quartos nele e ele era todo em cores claras, o que me lembrava muito a casa de meus avôs. Aquilo me machucou um pouco, mas pelo menos me sentiria me casa.
Coloquei Elly na cama e fui olhar pela sacada.
Eram 09h30min da manhã, se podia ver toda a cidade de lá.
Minha filha já devia estar com fome.
Voltei para dentro e fui até o interfone pedir comida.
Logo a camareira subiu para arrumar o quarto e trazer as comidas.
Abri a porta sem me preocupar com que era.
Peguei o leite e fui dar para Elly.
‘Bela filha a senhora tem! ’ – A camareira falou.
Só então olhei para ela.
Quando a reconheci o pânico me tomou conta.
Era a senhora que havia arrumado o meu vestido.
‘Sinto que já te vi a senhora. ’ – Ela falou com uma feição confusa.
Fiquei em silencio.
No fundo eu queria que ela me reconhecesse, queria ter alguém em quem pudesse confiar, alguém bom, alguém como aquela senhora era.
‘Você deve ser alguma dessas atrizes. ’ – Ela disse.
Me dei por vencida, ela nuca se lembraria de uma cliente sua, era ridículo eu ter pensado que ela o faria.
Era até bom ela não o tem o feito, como explicaria o fato de não estar mais grávida e como Elly já aparentava estar com uns cinco meses. Ela não poderia saber disso sem descobrir o meu segredo.
Logo a senhora foi embora.

Era a tarde, por volta das 16h30min. Tive vontade de ligar lá para casa.
Isso me machucaria muito, mas tinha que ligar para dizer que estava tudo bem.
Lá não havia identificador de chamadas, então eles não saberiam da onde estava ligando.
Quando peguei o telefone senti meu coração pulsar mais forte, comecei a tremer. Mas mesmo assim liguei.
‘Alô. ’ – Era a voz de meu tio Emmett.
Ela parecia fraca e triste.
‘Oi tio. ’ – Eu disse com dificuldade.
‘Nessie, Nessie aonde você está? ’ – Ele disse em desespero.
Logo todos ouviram e foram para o telefone.
‘Renesmee volte para casa agora! ’ – Era meu pai.
‘Eu não posso! ’ – Eu disse desabando em lagrimas.
‘Claro que pode minha filha. ’ – Mamãe disse.
Notei então que o telefone estava no viva voz.
‘Querida não vai acontecer nada, volte! ’ – Esme pediu.
‘Nada? Todos morrerem é nada? ’ – Eu soltei entre lagrimas.
‘Nessie nós vamos conseguir, volte para caca. Para bem de Elly, para o nosso bem, para o bem de Jake. ’ – Bella disse triste.
‘Jake? ’
‘Ele não saiu de casa desde que você se foi. Ele não come e nem fala com ninguém. ’ – Edward falou.
O desespero me abateu.
Jacob não podia ficar assim.
A dor em meu peito voltou, só que agora estava com o triplo de força.
‘Volte Nessie. ’ – Rose pediu.
‘Eu não posso vocês não devem morrer, eu... Só liguei para falar que estou bem. ’ – Eu disse confusa e desligando.
Ouvi gritos e suplicas antes de faze-lo mais ignorei.
A dor deles logo passaria, era melhor assim, ou ao menos eu esperava que fosse.
As lagrimas me cegaram e a dor não diminuía.
Eu só queria que tudo ficasse bem.
Por que sempre que alguém tenta arrumar algo as coisas só pioram?
Elly se sentou na cama e ficou me olhando.
Fui até ela a abracei e deitei na cama com ela.
‘Vai ficar tudo bem. ’ – Eu prometi
Ela se aconchegou entre meus braços e voltou a dormir.
O tempo passaria, essa era a única que nunca parava.
Não dizem que o tempo cura qualquer ferida?
Pois é, eu esperava que isso se aplicasse a vampiros e lobos.
Minutos ou horas haviam se passado, eu não sei dizer bem, eu só sei dizer que a dor não diminuía, ela só aumentava mais e mais.
Uma sensação estranha tomou conta de meu ser.
Fiquei somete deitada olhando para o tet.
Já não chorava mais, penso que já havia chorado tanto que nem mais lagrimas tinha.
Essa era eu agora!
Uma Renesmee sem nada, sem família, sem namorado e que nem mais lagrimas tinha.

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