terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Diário de Renesmee Cullen - Capítulo 35

Aproveitem que a nossa fic já está quase no fim, faltam só mais dois capítulos ='(
Boa leitura!!!

Capitulo 35
Pode me julgar loca por permanecer ali, mas eu até gostava.
Manter a minha mente ocupada era que eu mais tentava fazer nesses últimos anos, assim a dor não voltava para o meu corpo.
Gostava de meu trabalho por que ele me mantinha afastada de minhas lembranças, mas por mais doce que ele fosse sempre vinham às férias.
Nelas a minha mente vagava por todos os anos felizes que haviam se passado.
Infelizmente essas lembranças traziam a dor de volta.
Muitas vezes já me questionei sobre o porquê continuar a viver se a dor me assolava.
Posso lhes garantir de que essa historia de que o tempo cura qualquer ferida não se aplica a mim.
Já havia se passado três anos porem a dor não havia diminuído, ela só aumentava mais e mais como tempo.
Desde que não tenho o mais comigo uma dor muito forte se apossou do que antes era o meu coração.
Quando estou perdida em minhas lembranças parece que a dor só aumenta mais e mais.
Já tive muitas idéias de como colocar um fim nessa dor insuportável.
Esses dias estava sentada na cozinha de meu apartamento.
Parecia que tudo me lembrava a ele, uma musica, um cheiro, uma palavra, ou até o modo como eu me perdia no tempo.
Cada lembrança me machucava muito.
Foi quando vi uma faca em cima da mesa ao meu lado.
Uma única facada, uma única e pequena dor física e eu me livraria de tudo isso.
Eu estaria livre da dor, eu poderia ir até ele, ele até poderia não me ver, mas estar com ele era tudo o que eu queria.
Peguei a faca e me concentrei bem no que faria.
Tinha que ser uma única facada certeira.
A posicionei contra o meu peito.
‘Mamãe, mamãe!!! ’ – Elly gritou.
Pobre criança, eu não podia fazer isso com ela.
Eu era a única família que ela conhecia, sem mim ela estaria sozinha.
Foi por Ela que desisti da morte. Foi por ela que continuei a viver mesmo com dor.
Estava cumprindo bem a minha promessa.
Ligava para a minha família uma vez por mês.
Há dois anos atrás quando liguei Jake estava lá.
Tive a infelicidade de falar com ele, ou ao menos foi o que tentei fazer.
Quando escutei a sua voz uma dor estrondante me invadiu.
Ele estava entre lagrimas e implorava por minha volta.
A cada palavra dele eu chorava muito.
Entre os meus soluços eu não encontrava a minha voz.
Depois disso decidi que não falaria mais com ele.
Seria melhor assim.
Elly ficava toda feliz quando falava com os seus avôs.
Eu me limitava a trocar frases curtas com eles para evitar dores.

Hoje acordamos cedo para irmos para o zoológico.
‘Acorda mamãe, acorda! ’ – Elly falou me sacudindo com as suas mãozinhas.
‘Já estou acordada querida. ’ – Eu disse me sentando.
‘Então se arruma logo. ’ – Ela insistiu.
Levantei e me arrumei.
Antes de irmos liguei para meus pais.
‘Oi! ’ – Eu disse quando a Alice atendeu.
‘Oi Nessie, você está bem? ’ – Ela me perguntou animada.
‘Estou sim e ai? Está tudo bem? ’
‘Está sim. Você tem um primo agora! ’
‘Primo? ’
‘Sim a Rose transformou um garotinho que achou perdido. ’
‘Espera ai Alice! Isso é contra as regras, se os Volturis souberem eles vão até ai. ’
‘Bom ela decidiu de ultima hora, não deu para impedir. ’
‘Mas ele não vai ter controle. ’
‘Ele já tem três anos, entende a diferença do certo e do errado. ’
‘Cadê meu pai? ’
‘Vou chamá-lo. ’
Rapidamente Edward atendeu o telefone.
‘Edward a Rose não pode fazer isso. ’
‘Não deu para impedir, mas ele não está matando ninguém. ’
‘Se s Volturis ficarem sabendo... ’ – Ele me interrompeu.
‘A Alice está de olhos neles. ’
‘Vocês são um bando de loucos. ’ – Eu falei.
Ele riu.
‘Como Elly está? ’
‘Bem, quer falar com ela? ’
‘Na verdade eu gostaria que você voltasse. Seria bom para Elly interagir como seu primo de segundo grau.
‘A é! Ela só terá que correr o risco se ser morta por ele. ’ – Eu disse com sarcasmos.
‘Ele não é assim Renesmee. ’
‘Ta bom, eu entendi. ’
‘Volte para casa. ’
Ele havia perdido o tom de diversão e pediu tristemente.
‘Edward, por favor! ’
‘Por favor, digo eu Renesmee. Já faz três anos, os Volturis nem se lembram mais de Elly. ’
‘Mais e se lembrarem? Eles vão até ai, e agora terem dois motivos para nós matarem. ’
‘Eles não o farão. ’
Fiquei em silencio somente refletindo.
Elly logo interrompeu os meus pensamentos.
‘Posso falar com o vovô? ’ – Ela pediu docemente.
‘Claro. ’ – Eu disse lhe passando o telefone.
Ela o pegou e ficou conversando com meu pai por algum tempo.
Quando ela desligou fomos para o zoológico.

Elly ficava super animada quando via os animais.
‘Mamãe vem ver o lobo. ’ – Ela falou me puxando.
A peguei no colo para ela poder ver melhor.
‘Mamãe ele é igual ao papai? ’ – Ela me perguntou.
‘É sim, e é igual a você será um dia. ’
‘Mal posso esperar. ’ – Ela disse me abraçando.
‘Vem pegar o seu sorvete. ’ – Sarah que estava sentada um pouco longe de nós falou.
Elly desceu de meu colo e foi correr até ela.
Mas no meio do caminho ela parou.
Seu rosto estava com uma expressão vazia igual ao de Alice quando ela tinha uma visão.
Corri até ela.
‘O que você vê meu amor? ’ - Eu perguntei me abaixando perto dela.
Ela fez uma cara triste e lagrimas começaram a escorrer por seu rosto.
‘Tem um menininho no colo de tia Rose, ela está tentando correr, mas um moço a pega e a lança longe. Vovô vem tentar a proteger ela mais logo o seu corpo começa a se retorcer, e o rosto dele expressa muita dor. Um lobo marrom, - penso ser o papai, ataca uma menina baixa loira, mas um homem o torce o pescoço. ’
Ela não conseguiu continuar, os soluços a impediram.
‘Querida, querida! É importante! Quando e onde isso acontece? ’ – Eu perguntei em desespero.
Ela ficou com uma expressão vazia novamente.
As lagrimas continuavam a descer por seu rosto.
‘Tem um jornal no chão, ele marca dia 27 de julho. E o local é um grande espaço, acho que é a clareira. ’
Quando ela terminou ela me abraçou.
‘O que está acontecendo? ’ – Sarah que se aproximava perguntou.
Peguei Elly no colo e a entreguei para ela.
‘Fique com ela. ’ – Eu disse.
Peguei meu celular e fui ligar para casa.
Tinha que falar com eles.
‘Alô. ’ – Quem atendeu foi Edward.
‘Pai, Elly teve uma visão. Ela viu uma guerra com os Volturis. ’ – Eu falei em desespero.
‘Alice teve a mesma visão há pouco! ’
‘E o que vocês vão fazer? ’
‘Temos que ficar e lutar. Se fugirmos eles nós encontraram. ’ – Ela falou tristemente.
‘Isso é loucura, vocês vão morrer! ’
‘Não temos outra escolha Renesmee. ’
‘Eu vou para ai, quem sabe assim não teremos mais chances. ’
‘Renesmee preste atenção não é para você vir para cá. Fique ai com Elly e se mantenha a salvo. ’ – Ele disse num tom serio.
‘Edward eu não posso deixar vocês morrerem. ’
‘Você não seria uma ajuda aqui e sim uma distração. ’ – Ele falou rispidamente.
‘Você não está falando serio! ’
Rezava para isso ser a verdade, meu pai não podia achar que eu seria um estorvo.
‘Estou sim Renesmee, fique ai. Não quero você aqui mais. ’
Ele desligou o telefone.
As lagrimas me cortaram a face.
Meu pai preferia morrer a me ter de volta.


‘Está tudo bem? ’ – Sarah me perguntou.
‘Eles não me querem de volta. ’
‘O que eles te disseram? ’
‘Que eu vou ser uma distração apenas. ’
‘Eles só disseram isso para você não ir querida. Vai ser extremamente perigoso. ’ – Ela disse me consolando.
A idéia de todos morrerem me corroi por dentro.
Não era hora para ligar para palavras ditas no calor do momento.

Eu iria voltar!
Tinha cerca de 24 horas para voltar para Forks.
‘Você está certa! Tenho que voltar para. ’ – Falei enxugando as lagrimas.
‘Posso ir junto mamãe? ’ – Elly que voltava para os meus braços perguntou.
‘Você deve ficar com a Sarah, vai ser perigoso. ’
‘Eu não quero que você morra também mamãe. ’ – Ela disse chorando.
‘Eu vou ficar bem querida. ’ – Prometi torcendo para que essa fosse à verdade.
Voltamos rapidamente para casa.
Dentro do carro Elly estaca no colo de Sarah, ela já havia parado de pedir para ir comigo, porém continuava a chorar.
Parecia que só de implicância o elevador estava demorando um século para descer. Chegando em meu apartamento, Sarah foi arrumar minha bolsa enquanto eu tentava conseguir um vôo para Forks.
“Droga!” Eu disse.
Os vôos estavam suspensos sem precisão para retorno.
Como chegaria a tempo? Se fosse correndo eu gastaria 02 dias.
“Mamãe me deixa ir com você. Você pode usar os meus poderes, inclusive o de voar.” Elly disse docemente.
“Querida vai ser perigoso.”
“Eu não ligo, só quero ficar com você mamãe.” Ela disse me abraçando.
“Vamos todos Renesmee!” Sarah disse.
“Você tem noção no que vai se meter?” Perguntei a ela.
“Tenho sim, e não ligo. Você e Elly são as únicas coisas que me restaram, não posso viver sem vocês.”
“Tudo bem então.”
“Vamos logo.” Sarah falou.
Mal sabia ela que acabava de optar pela morte.
Dirigi de carro até uma parte mais deserta da cidade. A partir de lá corri com Sarah nas costas e Elly nos braços por algumas cidades. Isso nos fez arrasar muito.
Corri a noite inteira e uma parte da manhã. Por volta das 10:20 comecei a voar com os poderes da Elly. Não queria utilizar muito, se realmente houvesse a guerra teria que usar todos eles. Quando cheguei a Forks eram 11:48.
Corri o máximo que pude pela cidade.
Logo cheguei à casa de meus avôs.
Lá tudo estava deserto.
Esperava não ter chegado tarde demais.
Senti o cheiro de outros vampiros.
‘Sarah fique com Elly, eu vou para a clareira. ’ – Eu disse seguindo para a porta.
“Mamãe eu vou junto.” Elly disse me agarrando pelas pernas.
“Elly não tem discussão, você fica.”
“Eu não quero que ninguém morra. Mamãe um dia você fugiu por minha causa para que não morressem todos os que amamos. Hoje, vamos voltar juntas e lutar para que novamente ninguém morra.” Ela disse decidida, como um adulto faria.
“Renesmee leve ela. Elly vai ser muito útil.”
“E você Sarah?”
“Eu pego um carro e vou para a cidade.”
“Tudo bem então.”
Peguei Elly no colo e fomos voando para a Clareira. A cada instante que se aproximava meu coração batia cada vez mais acelerado e mais forte. Ele pulsava tão rápido que podia ser escutado a distancia.
Quando avistei a clareira ela estava dividida.
De um lado estavam a minha família e amigos. Do outro mulheres e homens sérios que trajavam preto.
Na comissão de frente estavam os rostos que eu jamais esqueceria.
Aro, Marcus e Caius formavam um triangulo perfeito com a sua guarda logo atrás deles.
Quando estava prestes a pousar Aron fez menção de ataque.
Antes que os seus guerreiros pudessem cumprir a ordem eu pousei bem no meio do campo.
O rosto da realeza vampirica que antes estava com sorrisos tiveram uma trágica mudança e agora estavam surpresos.
‘Bom dia! ’ Eu disse irônica.
“Ora, ora, ora... O que temos aqui? Não é a nossa queria e desaparecida Renesmee Carlie.” Aron falou.
“Pois é! Tive alguns problemas envolvendo vampiros querendo matar a minha filha, então precisei fazer uma viagem de última hora.”
“Vejo que ela está aqui.” Aron falou.
“É bom que matamos dois coelhos com uma cajadada só.” Marcus falou rindo.
Elly se encolheu em meus braços e me abraçou fortemente.
“Receio que isso não será possível.” Eu disse com raiva.
“E o que irá nos impedir?” Marcus que deu alguns passos à frente me perguntou com ironia.
“Vocês por acaso não sabem dos dons que minha filha possui, sabem?”
“Isso é algo irrelevante levando em conta que logo ela estará morta.”
Sem pensar, soltei uma gargalhada.
“Ela pode clonar os poderes de outros que se aproximem dela, sendo assim, temos conosco tudo o que vocês sabem ou podem fazer.” Eu falei com triunfo.
“Então ela é um ser espetacular!” Disse Caius com bastante interesse.
“E a sua volta triunfante contava com a intervenção de uma humana?” Jane falou sorrindo.
Olhei por sobre meu ombro esquerdo e vi Sarah surgindo entre as árvores.
Jane soltou uma risada e logo o corpo de Sarah começou a se retorcer de dor.
“NÃO!” Eu gritei.
Rapidamente entrei na mente de Elly e achei o poder de Jane.
Para ganhar essa guerra teria que usar fogo contra fogo. E foi o que eu fiz. Logo o corpo de Jane se contorceu de dor.
Foi tudo muito rápido.
Enquanto eu torturava Jane, Carlisle correu até Sarah, e no mesmo instante Alec veio me atacar.
Neste momento todos se colocaram em posição de ataque. Tive que parar de torturar Jane e procurar na mente de minha filha o poder de Benjamin, e antes que Alec conseguisse se aproximar o chão em sua frente se abriu. Quando isso ocorreu, Jane que já se recuperara veio furiosa ao meu encontro. No momento em que ela me atacaria, uma voz fez com que todos parassem.
“Já chega!” Caius disse.
Sua voz ecoou pela clareira de uma forma incrível e todos os olhares se voltaram a ela.
“Deixe-os em paz.” Ele ordenou.
“Mas...” Jane iria questionar.
“Agora!” Sua voz novamente fez um eco surpreendente.
Jane e Alec voltaram para a guarda.
“Não haverá guerra.” Caius disse.
Marcus e Aron se olharam, mas nada disseram.
“Você tem o ser mais surpreendente deste planeta em suas mãos, saiba fazer bom uso dele.” Ele completou amigavelmente.
“Eu farei.” Minha voz expressava gratidão.
Elly ainda estava encolhida em meus braços, e arfava de cansaço, eu não deveria ter utilizado tanto os seus poderes.
“Vamos!” Ele disse e toda guarda obedeceu em silêncio.
Quando já os perdia de vista meu coração doeu horrores. Em meio à toda confusão nem havia olhado para traz e não sabia os olhares que aguardavam.
Fui me virando vagarosamente, e antes que pudesse olhar nos olhos de qualquer pessoa, os braços gelados de minha mãe me impediram.
“Minha filha!” Ela gritou com emoção.
Quando senti novamente o doce cheiro de minha mãe meu nariz se encolheu provocando lágrimas em meus olhos. Ela segurou o meu rosto e me beijou. Não agüentei e caí em lágrimas. Não havia percebido o quanto havia sentido saudades dela. Era como se um pedaço de minha vida tivesse sido recuperado.
“Elly! Oh querida você está tão grande.” Mamãe disse pegando Elly no colo.
“Vovó.” Minha filha a abraçou.
Logo senti mais braços ao meu redor.
“Eu sofri tanto sem vocês aqui.” Esme falou emocionada.
“Nessie querida, não faça mais isso.” Rose pediu.
Em seu colo estava um lindo e loiro garotinho.
“Esse é o meu primo?” Perguntei enxugando as lágrimas.
“É sim. Evan diga olá para a Nessie.”.
Ele me estendeu os braços, quando o peguei ele me abraçou e disse:
-“Me desculpe por tudo isso.”
“Não foi nada. Se eu soubesse que você era tão lindo, teria voltado antes.”
“Elly também é muito bonita.” Ele disse de modo divertido.
Todos rimos.
“Vamos com calma, loirinho.”
A voz de Jacob me fez entrar em choque. Meu coração pulsava de forma tão rápida e forte que poderia ser escutado até por um humano.
Esperava que quando me virasse seus braços quentes me envolvessem, mas isso não aconteceu.
No início seu rosto estava com uma expressão séria.
Quando o vento trouxe o seu doce cheiro amadeirado para mim não agüentei e lágrimas voltaram a escorrer por meu rosto. Elas eram tantas que me impediam de enxergar.
Demorou alguns instantes, mas logo senti os braços quentes dele em torno de mim.
“Não faça mais isso.” Ele falou com dificuldade.
Notei então que ele também chorava.
Ele segurou o meu rosto e me beijou. Após 3 anos sem ele, o seu beijo me fez perceber que sem ele eu não sou completa.
Vivi esses últimos anos sem coração porque ele só existia quando estava com Jake.
“Eu não consegui nem olhar para ninguém. Você me pediu para fazer algo impossível. Eu só vejo você Renesmee.” Ele falou sussurrando.
Olhei em seus olhos.
“Que bom, porque eu também não conseguia ver mais ninguém.”
Ele me abraçou.
“Papai?!” Elly disse timidamente.
“Minha pequena!” Ele disse a pegando no colo.
Elly ria enquanto Jake a jogava pelo ar.
“Vamos para casa?” Carlisle que estava a apoiar Sarah disse.
“Vamos para o lugar de onde eu nunca deveria ter saído.”
Todos juntos seguimos para o meu doce e amado lar.

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