sexta-feira, 18 de março de 2011

Além da Vida - Capítulo 2

Oi gente, desculpa não estar postando nada, é que eu to com alguns problemas aqui em casa então está muuuittto difícil postar algo =(
Boa leitura!
"A morte é um sono sem sonhos." - Napoleão Bonaparte.

Meu corpo todo doía enquanto meus olhos estavam fechados. Parecia que minha alma estava sendo puxada para fora de meu corpo. Não era igual á mesma sensação que a morfina fizera, mas era ainda pior. Depois, tudo acabou num único segundo. Podia sentir todos os meus músculos e minha consciência também. Meus olhos tremeram e eu abri os olhos.

O susto foi embora logo após reconhecer o local onde fui conduzida: era a campina, minha e de Edward. Ainda estava como antes: a grama verde, com flores em toda a parte, sendo iluminadas pela luz do Sol.

Sol... Essa palavra ficou repetindo na minha cabeça. Foi aí que me lembrei. Tinha a ver quando Edward se mostrou pela primeira vez no Sol para mim. E a campina foi onde... Onde eu finalmente aceitei em me casar com ele. Essa última lembrança doeu meu coração, como se eu estivesse assistindo a cena, mais sabia que agora não estava mais ali. Baixei a cabeça, para não olhar para o local.

Foi aí que me lembrei do episódio na casa dos Cullen, quando percebi que estava... Morta. Mais uma vez, meu coração doeu, mas muito mais forte do que antes. Eu morri. Agora eu era um espírito ou um fantasma. Devia estar no céu, me recordando das minhas memórias para ficar triste até o final dessa nova vida.

- O que está acontecendo comigo? – perguntei a mim mesma, recomeçando a chorar.

- É difícil no começo, querida, mas é normal. – respondeu uma voz.

Levantei minha cabeça e me deparei com uma mulher jovem na minha frente. Seus cabelos eram cor de bronze, os olhos verdes, sua pele era pálida e estava vestida com um vestido cetim rosa e com saltos também rosas. Ela parecia uma mulher no estilo Anne of Green Glabes.

- Como você sabe? - perguntei a ela.

- Acredite, eu também sou um espírito – respondeu a mulher – Mas sou muito mais velha do que você.

- Não é verdade. Você parece que tem uns 30 anos...

- E você parece que tem 18 anos, certo? – perguntou a moça.

A idade mencionada pela mulher me fez ter outra lembrança: meu grande medo de envelhecer para eu poder ficar com Edward...

- É eu tenho... Na verdade eu tinha. – respondi, abaixando o rosto. Por que tudo que tinha que ser falado ou pensado tenha algo a ver comigo? Será um castigo isso?

- Não pense assim. Você continuará com a idade que deixou a Terra, Bella.

- É tudo muito... Espera. Como você sabe meu nome? – encarei-a. Comecei a desconfiar daquela mulher. Afinal, quem era ela? Por que estava no meu paraíso após-vida? Como ela sabia que eu tinha 18 anos?

- Não só sei seu nome como sei o nome que você tinha antes de se casar, Isabella Swan. – disse a mulher com um sorriso.

- Como você sabe tanta coisa sobre mim?! – ergui uma sobrancelha.

- Me desculpa pelo interrogatório querida. Mas eu estava vigiando-lhe há anos. Principalmente quando conheceu meu filho.

- Por favor, me responde: Quem é você? – perguntei.

A mulher respirou fundo e falou:

- Meu nome é Elizabeth. Elizabeth Masen.

Meus olhos se arregalaram. Eu já ouvi esse nome antes, mas... Não, não podia ser ela.

- Mas... Você então é... – gaguejei.

- Sim. Sou a mãe de Edward. – respondeu Elizabeth.

- Ah... Eu... Eu não entendo...

- No começo é assim, já lhe disse. A morte é complicada para todos. Assim que morremos, somos levados para um lugar em especial para cada um, onde pode ser seu maior sonho até sua maior lembrança.

- Então... Morri. Estou morta. – completei.

- Infelizmente sim. – respondeu Elizabeth.

- Mas... Por quê? O que fiz de tão ruim para eu ir logo pro inferno? – perguntei perplexa.

- Não penso nisso Bella. Sempre há um motivo para sermos levados para o céu. Por bom ou ruim – Elizabeth deu de ombros. – Eu, por exemplo, morri, mas por boa causa. Se eu sobrevivesse, não deixaria Carlisle salvar Edward. Carlisle certamente já lhe contou isso pra você. Na sua festa de 18 anos.

- Como...

- Eu estava vigiando-lhe Bella, como eu havia dito. Eu fiquei observando você para ver como Edward se sentia. Sabe, antes de nós pegarmos a gripe, meu maior sonho era ver Edward se casando e ele ter uma bela esposa. Mas ele só se preocupava sobre ir para as guerras... Isso me preocupava. E quando eu vi vocês se olhando pela primeira vez, percebi na mesma hora que você era a mulher que Edward precisava.

Senti meu rosto ficar quente. Elizabeth estava me agradecendo por eu ter feito Edward feliz, mesmo muitos anos depois de sua transformação.

- Bom obrigada. Eu sinceramente amo seu filho, mas agora... Estou preocupado com Edward. Ele deve estar sofrendo muito. Se isso não tivesse acontecido... – parei ofegando e quando a imagem de Edward surgiu na minha cabeça, senti uma forte dor na minha cabeça. Fechei os olhos com força.

- Controle suas emoções querida. As lembranças da nossa antiga vida é a coisa mais triste aqui. Acontece com todos, não só com você. Se você se lembrar de algo muito marcante na sua antiga vida, vai sentir muitas dores emocionalmente. E se não se controlar, pode acabar virando um espírito do mal. Muitas pessoas se tornaram espíritos do mal por causa dessas lembranças, a maioria jurando vingança. – acalmou-me Elizabeth.

- Mas eu não quero vingança. Eu quero ter minha vida de volta! – eu gritei. – Eu não mereço isso. Meu destino era para eu ficar com Edward para sempre...

- Até que ambos estivessem vivos. – Elizabeth completou. De repente me lembrei desta frase. Foi a frase que o Sr.Weber usou no dia do meu casamento.

Elizabeth riu baixinho da minha expressão.

- É, também assisti o casamento de vocês. Além do mais, uma mãe não pode perder uma cerimônia importante dos filhos. – ela deu um sorriso. – Mas Bella. Escute-me. – ela se aproximou, pegou meu queixo e o levantou para olha-lhe nos olhos. – Você pode ter partido logo pela razão do destino. Mas tudo irá ficar bem. Prometo ficar ao seu lado. Algumas coisas você terá que enfrentar sozinha. Em outras, pode contar comigo. – ela sorriu de novo.

Não pude de deixar de sorrir também. Ela foi até agora a pessoa mais gentil do mundo. Minha sogra... Ri dentro da minha cabeça.

- Ah meu Deus. – Elizabeth interrompeu meus pensamentos. Sua cara, antes doce e gentil, agora era assustada de terror. – Está acontecendo algo na Terra. E nada de bom. Precisamos ir até lá. – ela pegou meu braço.

- Espere. Com quem? – eu perguntei.

Ela me olhou com os olhos tristes.

- Com Edward.

E, de algum modo, não estava mais na campina.

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